quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

EVANGELHO DO DIA - ANO B - DIA 28/02 - A radicalidade no amor - Mt 5, 43-48



Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!”. Ora, eu vos digo: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.


LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Na caminhada que estamos realizando com a Palavra de Deus, em preparação à Páscoa do Senhor, o Evangelho hoje nos apresente um grande apelo: passar do amor ao próximo para o amor aos inimigos. Por isso, mais uma vez peçamos que o Espírito Santo nos ajude a rezar e a entrar em profunda sintonia com a proposta de Jesus.
Repita algumas vezes a oração: Vem Santo Espírito consolador, acendei em nós a chama do vosso amor.
1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto bíblico? Leia atentamente e procure compreendê-lo. Leia novamente fazendo pequenas paradas para repetir a palavra que chama a sua atenção durante a leitura. A quem Jesus está instruindo? Qual é o tema central de sua mensagem? Quais são os questionamentos presentes no texto? Qual comparação Jesus utiliza? Vamos ter presente em nossa compreensão do texto, que o relato de Mt 5, 43-48 está inserido no bloco de capítulos das bem-aventuranças e são orientações de Jesus para seus discípulos. Jesus faz referência ao Pai que tem compaixão e misericórdia por todos, também para com os pecadores. O amor aos inimigos é um amor muito mais exigente do que o amor ao próximo, mas está sustentando na imitação de Deus que reparte suas graças sobre todos, justos e pecadores, sem distinção. É na prática do amor aos inimigos que nos tornamos verdadeiramente filhos de Deus.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Silencie e procure perceber o que o texto diz para sua vida. Qual foi a palavra que encontrou maior sintonia com os apelos do seu coração? Deixe a Palavra de Deus encontrar espaço em sua vida. Examine sua consciência, reveja suas ações, confronte suas atitudes com a mensagem de Jesus.
Jesus nos ensina que o cristão precisa ir além do amor ao próximo. A vivência do amor não pode conhecer limites, ser condicionados aos gostos, preferências ou pessoas que nos agradam. Deus nos chama a ultrapassar os limites e condições que colocamos para amar. Jesus, com sua vida, palavras, gestos e entrega na cruz nos mostra que o amor radical não é impossível aos seres humanos, uma vez que o Espírito de Deus habita em nós.
3- ORAÇÃO (VIDA)

Apresente ao Senhor os sentimentos, apelos e desejos despertados pela Palavra em sua oração. Se o seu coração está envolvido em mágoas, tristezas e sofrimentos por ter dificuldade de perdoar alguém, entregue ao Senhor. Se nem sempre é fácil amar as pessoas com quem você convive diariamente na sua família ou no trabalho, entregue ao Senhor. Se você foi ofendido por alguém e esta mágoa insiste em tirar a sua paz, entregue ao Senhor. Silencie, faça uma revisão de sua vida e peça ao Senhor as graças que você necessita neste momento da sua vida.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

É preciso uma decisão constante de viver segundo os ensinamentos de Jesus. Qual é a aplicação da Palavra em minha vida? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Angela Klidzio, fsp

COMENTÁRIOS
O amor ao próximo é exigência da vida em Cristo

As antíteses deste trecho do sermão da montanha de Mateus ajudam-nos a esclarecer o específico da vida cristã, como dissemos antes, e dá aos discípulos um critério de ação. A “justiça maior” exigida por Jesus dos seus discípulos é, na verdade, fruto da identificação do discípulo com ele. Essa “justiça” acontece somente quando se ama sem fingimento. A exigência do amor ao próximo e ao inimigo é exigência da vida em Cristo. É a atitude de quem se experimentou amado por Deus, não obstante suas próprias faltas, e de quem tira para o seu relacionamento com os outros as consequências da misericórdia de Deus para com ele (ver: Mt 18,23- 35). Essa é a atitude do misericordioso e do “fazedor de paz”, de quem sabe que o verdadeiro tesouro está em Deus e a sua recompensa nos bens futuros prometidos por Deus. O último versículo é a conclusão das seis antíteses. A perfeição consiste na superação do reducionismo legalista da Lei e na prática do amor fraterno que supera os laços afetivos. A perfeição de Deus consiste em que ele ama sem fazer acepção de pessoas. Ao dizer que “Deus é amor” (1Jo 4,16), o autor está dizendo igualmente que Deus é perfeito.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Fonte Paulinas

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