No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. Encontrando-o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?”. Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo. Perguntaram então: “Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?”. Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
No início de mais uma semana em sintonia com a Palavra de Deus, acolhemos o convite de Jesus para trabalharmos pelo alimento que não perece e que permanece até à vida eterna. Este alimento é o próprio Jesus. Que ele nos acompanhe neste dia, em nossos trabalhos, estudos, em todas as atividades que realizarmos e nos sacie com seu amor e sua paz. Pedimos: Senhor Jesus Cristo, enviai sobre nós, como prometestes, teu Espírito Santo. Que ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que nele encontremos a salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.
1- LEITURA (VERDADE)
O que o texto diz? Depois de uma leitura atenta do texto, detenha-se nas palavras que mais chamaram a sua atenção. O que procura a multidão? De que forma Jesus os acolhe? Qual questionamento Jesus faz para a multidão? Quais perguntas a multidão dirige para Jesus? Qual é o tema central da narrativa? O que significa praticar as obras de Deus?
Vendo a multidão que procura por Jesus em busca de pão para satisfazer suas necessidades, Jesus então os adverte a procurarem um alimento não perecível e que os introduz na vida eterna. É importante que a multidão compreenda que o milagre da multiplicação dos pães precisa ser acolhido como algo mais e não simplesmente para saciar a fome naquele momento e voltar a sentir fome mais tarde. O "pão que o Filho do Homem vos dará e que permanece até à vida eterna" é o próprio Jesus. Ele é o pão da vida, o alimento que sacia a fome, a sede, as necessidades humanas.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que o texto diz para mim? O que significa crer em Jesus, o Pão da Vida? Para quais fomes e necessidades humanas procuramos em Jesus a resposta? A obra de Deus é crer em Jesus. O que significa para mim crer em Jesus?
O Senhor se dá em alimento a nós todos os dias, na Palavra e na Eucaristia, para que nele tenhamos vida. Nele encontraremos a força, a paz, o sustento para nossa caminhada, a certeza de que sua presença nunca nos faltará.
3- ORAÇÃO (VIDA)
Jesus, Mestre Divino, vós sois a vida, o amor. Morrestes numa cruz para o mundo renascer todo novo, vida plena. Nós vos louvamos, Senhor, pela vida que nos dais. Vós viveis em nós, nós vivemos em vós. Vós sois a nossa vida. Jesus, Mestre divino, dai-nos o Espírito Santo, seremos livres, enfim. Saberemos amar, espalhar só o bem e a paz. Jesus, Mestre divino, plenificai o nosso ser. Nossa vida vos irradie, nossa voz sempre anuncie, ao mundo a Boa-nova. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual apelo a Palavra de Deus despertou em meu coração? O que me proponho a viver? Como vou atingir este propósito?
BÊNÇÃO
- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Angela Klidzio, fsp
COMENTÁRIOS
Jesus é o pão que sacia as multidões
As tentações acompanharam Jesus ao longo de toda a sua existência terrena. Depois do episódio dos pães em que a multidão comeu à saciedade e ante a tentativa de proclamá-lo rei, Jesus se retira, sozinho, ao monte. Ele rejeita terminantemente qualquer tentativa de compreender ou reduzir a sua missão a uma dimensão estritamente político-social (cf. Mt 4,3-4; Lc 4,3-4). Por isso, recolhe-se para rezar. À multidão que o procura insistentemente, Jesus declara o equívoco dela: não o procuram porque o que ele faz remete ao mistério de Deus; procuram-no somente para satisfazer suas necessidades corporais. No entanto, a vida do ser humano não se reduz a bem material. O alimento que o Senhor oferece é de outra natureza, não perecível e que introduz na vida eterna. Mais adiante, Jesus afirmará que o pão que dá a vida é ele mesmo (Jo 6,48). Mas, para receber esse alimento, é preciso crer em Jesus, enviado do Pai. A “obra de Deus”, o fazer exigido, é crer em Jesus, “imagem do Deus invisível”. Ademais, é preciso procurar o Senhor pelo Senhor, e não por aquilo que nos possa dar. Essa gratuidade se impõe a quem queira ser sustentado pelo “pão descido do céu”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&id=5200#ixzz3Xrxm1fIi
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